ABSTRACT
O câncer de colo uterino é um grave problema de saúde pública, principalmente nos países em desenvolvimento, cujas condições sócio-econômicas são baixas. O uso sistemático do esfregaço vaginal para rastreamento de câncer de colo uterino pelo método de Papanicolaou tem sido utilizado desde 1940 e é amplamente reconhecido como um método eficiente para a prevenção do câncer cervical. No Brasil, o Papanicolaou convencional é o método mais comum utilizado na rotina, envolvendo a observação morfotintorial celular em esfregaços distendidos sobre a lâmina. Por outro lado, a citologia líquida é um método vantajoso, pois o espécime coletado é colocado num meio líquido alcoólico, garantindo o uso potencial de células residuais existentes na escova. Além disso, este método permite diagnósticos adicionais, preservando o padrão morfológico similar ao método convencional. O objetivo do presente estudo foi relatar a evolução histórica dos diferentes testes utilizados para o diagnóstico da citologia cervical, enfatizando as vantagens e desvantagens entre o método de Papanicolaou convencional e as novas tecnologias em citologia líquida.